segunda-feira, 25 de maio de 2015

Renovação

Estive muito tempo parada, à espera de um novo rumo para este blog e para aquilo que escolho partilhar. Precisava de vivacidade, algo com que me identificasse e que fizesse realmente sentido na minha cabeça. O curso que levo também não me permite uma dedicação a cem porcento, como eu queria, mas remando contra a maré, tudo se faz.
Assim, espero conseguir atingir o meu objectivo e ter este recanto como um local de partilha de memórias, de ideias, de fotografias, que são tantas e em tantos lados, e algo com que outros também se possam identificar. 
Mudar a identidade, ter um blog de cara lavada.
Começo o refresh em breve!
Até lá, boas leituras. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vou, mas fico.

É a saudade. De casa, do amor, do calor que me conhece tão bem e que me acalma quando o abraço. Não há nada melhor neste mundo que ter a oportunidade de pisar outros destinos, procurar outras saídas e encontrar-me bem longe do sítio ao qual chamo casa. Mas as coisas mudam de figura quando há algo tão forte que me prende e me puxa e me deixa a remoer... voo para outro lado, desfruto das paisagens mais inesquecíveis, partilho o melhor Carnaval e namoro a minha gastronomia predilecta. Tudo perfeito. E ainda assim, há uma peça que me falta, uma ponta solta que me traz sempre de volta ao sítio onde pertenço. Posso caminhar, percorrer as ruas italianas, apaixonar-me por toda a luz e recantos escondidos, rezar nas maiores catedrais, assistir à maior mistura de cores e cheiros, sentir-me cheia e plena outra vez. Mas aquele pedaço... Procuro-o dentro de mim e venho sempre de volta ao início. 
És tu, sabes. Deixa-me assim, a quilómetros de distância, e tão perto.


sábado, 31 de janeiro de 2015

War inside

É de enlouquecer. Estas emoções que estilhaçam dentro do meu peito, todas a ideias que rebentam na minha cabeca. É um aperto, um sofoco, o caminho sempre sem saída, ninguém para atender o telefone, os dedos a martelar na mesa, ansiosos... por ti. 
A minha cabeca enche-se das memórias que estão longe, oh tão longe agora. São duas vezes por ano em que a distância leva a melhor, e merda, só queria que não custasse. Que fosse fácil e possível acordar ao teu lado todos os dias. Mas parece que estás num outro mundo, o teu mundo, em que encenas os filmes de guerra que costumamos ver juntos, de arma ao peito e jurando amor e fieldade pela tua pátria. Um dia vais ser um homem brilhante, eu sei, mas hoje só precisava de ti. Sem farda, sem formarturas. Só tu, com esse sorriso cheio, a afagar-me a cara como se eu fosse o teu bem mais precioso. 
Se pudesse ser egoísta pedia-te que não fosses e ficasses comigo. É tão irracional, mas quem disse que este amor não era louco?

Probabilidades

Há detalhes surpreendentes, capazes de nos fazer pensar e de nos deixar boquiabertos. Foi o que me aconteceu. Entrei de férias, não hesitei em fazer uma maratona de filmes. Escolhi os nomeados para Oscar e outros, e vi conforme me apeteceu. O primeiro foi "the theory of everything". Escusado será dizer a quantidade de papel que gastei. Por todos os motivos, é um filme espectacular. É brilhante perceber como este Universo está arquitetonicamente bem planeado, e que tudo acontece por uma razão. Mesmo a quem é genial. Dias depois, optei pelo "the best of me". Primeira cena do filme, o actor está a ler um livro de Stephen Hawking. Brilhante, parecia feito de propósito, tudo combinado.
O melhor veio hoje. Com este tempo agradável dediquei-me ao cinema em casa e vi "the imitation game", genial e soberbo, faz parecer que a guerra mundial foi só uma brincadeirinha de nerds. E logo de seguida vi o quarto filme, "the normal heart", que trata a SIDA e a homossexualidade nos anos 80. E claro, a determinado momento do filme alguém refere que o herói Alan Turing, que também era homossexual, conseguiu ganhar uma guerra mundial.
Não sei se são coisas ao acaso, ou se sou eu que reparo em pormenores que mais ninguém repara, mas, eu que nem percebo muito de matemática, diria que isto está aqui uma probabilidade do caraças!
Quatro filmes completamente diferentes, e todos eles extraordinários. Amanhã há mais. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

Tempo

São variadíssimas as vezes que escrevo sobre o tempo, acerca do tempo, para o próprio tempo. Mas hoje tudo tem outro propósito. Tudo tem a ver com o tempo de criar, o tempo de não desistir, o tempo de levar avante aquilo que, discretamente, nos move por dentro. É tempo de encontrarmos dentro de nós esta força que nos leva mais longe, ao encontro do que esperamos, é tempo de nos sentirmos realizados e felizes. É tempo de encontrarmos em nós a esperança, e, nos outros, todo um mundo de oportunidades. Fazemos dezenas de perguntas sem resposta, mas, quem sabe, se as respostas não estão sempre do nosso lado, surgindo apenas no momento que melhor lhes convém.
Vi um filme hoje. Tratava o tempo, o tempo do universo, que é aquele mesmo tempo que usamos para sentir um calafrio, uma onda gelada contra o nosso corpo, um pestanejar enquanto se inspira fundo o gelo do inverno. É o mesmo tempo, tudo em simultâneo. Não sei o tempo, não sei explicá-lo, muito menos compreendê-lo . Mas sei senti-lo, consigo percebe-lo, pela forma como se desvanesce, pela forma como nos enriquece a cada milésimo de segundo. E percebo-o hoje melhor do que há uns anos, porque sei que, de alguma forma, ele termina. É efémero. E com ele leva tudo o que temos. 
"Onde há vida, há esperança", disse-o um génio. E se há vida, tem que ser vivida, dure o tempo que durar. 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

E é amar-te, assim, perdidamente

É o que dá gozo, é que dá luta, é o que exige mais de nós próprios. Sofrer mais quando se ama tanto e tão profundamente. É desta dor que somos feitos, do outro, da vontade de pertencer a algum lugar, mas melhor ainda, a alguém. Quem não sofre é aquele que não sabe amar profundamente, que prefere amores supérfluos e fáceis, porque se der para o torto, tem sempre outras mil e uma oportunidades. 
Mas e depois? Onde vais procurar o teu lugar ao sol e o teu coração cheio? Nas duzentas experiências que tiveste? Ou na luta que fizeste quando não desististe, nem à primeira, nem à terceira? 
O destino, somos nós que o fazemos. E é tão mais fácil se for a dois, mesmo naqueles dias em que estamos cortados em pedaços. 

Tudo no devido lugar

A começar pela minha sanidade mental. Não vou mentir e dizer que adorei Psiquiatria, que superou as minhas expectativas. Não consigo. Prefiro dizer que foi horrível e que odiei e que não dou para aquilo. A mim sempre me disseram: ou se ama ou se odeia. Pois. Faço parte daquela grande maioria que não gostou mesmo nada. 
Não é fácil. Pormo-nos no lugar do outro, compreendermos o seu sofrimento é, só por si, um desafio difícil, requer um enorme auto-conhecimento para não nos misturarmos. Mas se já por norma é difícil então pior ainda, quando a pessoa tem uma realidade completamente a leste da que deveria ter. É três (mil) vezes mais difícil.
E não me venham cá com histórias, mas cada um é pro que nasce. E de loucura, já tenho a minha que me dá muito trabalho!
Bebés, venham daí!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Procura dentro de ti

A cidade parecia mais fria e obscura do que habitualmente. Por ti tão bem conhecida, mas desta vez caminhavas sozinha. Ganhaste coragem e foste percorrer o mesmo caminho, o mesmo jardim, os mesmos esconderijos. Desta vez não partilhavas o passeio com ninguém nem a tua mão gelada repousava numa outra, sempre quente. Ninguém te abraçava, nem te olhava com um sorriso terno. Muito menos te sussurrava ao ouvido palavras de uma paixão eterna. Estavas sozinha. 
Pensavas que por viveres de novo os mesmos caminhos, segredos e paixões ias conseguir sentir-te mais perto daquilo que já não tinhas. Mas não, estavas errada. Estavas ainda mais perdida e pedias com força que fosse tudo um sonho que esquecerias assim que acordasses. 
Mas não. 
Era real e estavas sozinha.
De cabeça erguida não hesitaste a fazer o mesmo percurso, a cheirar o mesmo Inverno e a adorar a mesma paisagem. Gelavas. Fechaste os olhos e rezaste. Rezaste mas ninguém te ouviu. Pediste, e ninguém respondeu.
Sem nada para dizer nem ninguém com quem partilhar os teus pensamentos, regressaste. Regressaste àquela que julgavas ser a tua casa, porque era lá que te encontravas, era lá que te sentias quente. 
Mas estavas sozinha. Uma vez mais, não havia ninguém para te acudir.
A força, foste-a buscar dentro de ti, quando já não acreditavas e quando julgavas não ter esperança. 
Mas quando se acredita, nem tudo é mau. E mesmo dentro de ti podes ter encontrado a resposta para as dúvidas que te assolavam. Procuraste-as longe, quando no fundo, sabias que devias ter olhado para ti primeiro.
Depois, mesmo sozinha, já sabias a resposta. E sorriste. 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O meu novo ano começou em Maio

O ano novo começa mesmo quando a malta quer.
Digo isto porque me propus/dediquei (porque quis e porque me ia aquecer o coração) a escrever todos os dias, (mesmo todos) alguma coisa que, no meu dia, me tenha feito sorrir ou que me tenha ajudado a ver as coisas pelo lado positivo. Sempre fui preguiçosa, céus,metam preguiça nisso. Mas no que toca a isto da escrita e a fazer mais daquilo que gosto, ainda me esforço. 
E resulta. Tem resultado, pelo menos, porque lá está, o desafio ainda não acabou. Esta brincadeira começou a 21 de Maio de 2014 e, portanto, ainda faltam uns quantos dias para findar. 
Mas a verdade é mesmo essa. Senti, a meio de Maio, que queria fazer algo diferente, inovador, porque sim e porque aquele dia era perfeito. E cá estamos, com "365 de sorrisos" ou "365 happy days". 
Mesmo naqueles dias merdosos, cheios de chuva, trânsito, caos, lágrimas e saudades, havia qualquer coisa que me fazia pensar "ena pá, isto não é assim tão mau". 
Uns chamam-lhe estratégias de coping, outros coaching.
Para mim é só um diário que no dia 21 de Maio de 2015 vai estar cheio de coisas boas e motivadoras.
Para que é que serve? Se calhar para nada. Mas ainda estou a espera de ser velha e ter isto tudo guardado, e pensar que ainda bem que escrevi... são as melhores memórias que temos. 

Agora já não vale pois não?

Esqueci-me de pedir os doze desejos. Passou-me completamente, tal era o deslumbramento com o fogo de artifício, que não pedi nada. 
A verdade é que tinha comigo os meus grandes tesouros, e tudo estava alinhado da melhor maneira, ou pelo menos da maneira mais conveniente. 
Se calhar foi mesmo isso. Estava radiante, felicíssima com o momento, que deixei escapar doze pedidos formais a não-sei-quem
Também nunca acreditei nesses pedidos de última hora. Tivemos um ano inteiro para nos esforçarmos e alcançarmos determinados objectivos, e aqueles que ficaram pendurados, toca a transportá-los para o novo ano, ah porque que temos mais trezentas e tal oportunidades. Não, não. Não faz sentido. Tivemos outras trezentas oportunidades que deixamos escapar, agora já é tarde. 
Por isso, haja mais dedicação, sorrisos e sonhos.
Mais vale deixarmos os pedidos de lado. Nunca vi nada cair do céu às cambalhotas, muito menos tive a sorte (?) de ver concretizados os 12 desejos. Nem a saúde, sequer, que ando sempre constipada e a perder tempo em médicos!
Viva-se, com um objectivo apenas: ser feliz, nos trezentos e tal dias, todos os anos. O resto é conversa. 

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz novo ano, tão feliz como os anteriores

Eis que chega o último dia do ano.
O ano em que, mais uma vez, fomos postos à prova e ultrapassámos milhares de desafios. 
Mas deixem-me que vos diga. Todos os dias foram para mim uma nova oportunidade de renovação, de mudança e crescimento. Todos os dias procurei resolver o que estava por resolver, dizer o que tinha deixado por dizer, chegar um bocadinho mais longe. 
E foi disso que o ano de 2014 foi feito. De grandes oportunidades, que fiz questão de aproveitar. 
Hoje, celebro tudo isso. Todos os suspiros que pude largar depois de tantos esforços e de tantas vezes ter deixado algo para trás. Somos feitos da nossa própria força e coragem. Somos feitos da capacidade de tomar decisões. E às vezes, deixar seguir, é uma das mais importantes, por mais dolorosa que seja.
Este ano, dei o melhor de mim a algumas pessoas próximas. Porque sim. Porque tinha de ser e porque se estamos neste mundo por alguma razão, é para os outros.
Se foi fácil tomar essas decisões? O não já é habitual, nunca é fácil. Mas é preciso. E é preciso encontrarmos nas decisões que tomamos um consolo e uma grande lufada de ar. Porque sabemos que somos muito mais felizes quando damos um bocadinho de nós, para fazer uma grande diferença na vida dos outros. E só assim é que faz sentido. 
E espero que o novo ano traga para todos, o dobro daquilo que 2014 trouxe para mim. 
Fui muito feliz, e vou continuar a procurar essa mesma felicidade, todos os dias, todos os anos. 
Ao fim de contas, somo nós que a construímos. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

E a cabeça não pára

Não pára mesmo. Estava eu na minha interminável tarefa de secar o cabelo (e eu a jurar que o alisamento me ia dar menos trabalho!) e a minha cabeça a debater-se com dezenas de assuntos que vão fazendo os meus dias. (Sim, a minha cabeça está sempre a dois mil à hora, enquanto executo variadíssimas tarefas!) E um deles, o mais próximo, o mais urgente, o que mais me assusta: o próximo estágio.
Estágio. Serve para tanta tanta coisa, nomeadamente sair da zona de conforto, aprender com outras pessoas (doentes, na grande parte das vezes), chegar a casa exausta dos turnos, trabalhar até ficar com os olhos cansados. Faz parte claro. O que não faz parte é aquela inquietação constante, aquele ratinho no estômago por tantas dúvidas que me assolam, especialmente nesta fase do campeonato em que já passei por tanto, mas nunca nada como aquilo que está para vir. Psiquiatria. Só a palavra mete algum respeito. O próximo estágio é o de Psiquiatria e eu sem saber se este meu medo é pelo desconhecido ou pelo estreito sentimento de eu-também-sou-louca. É tão verdadeiramente sentido por mim aquele ténue e estreito limiar que separa a loucura da sanidade, que dói. E sei que tudo isto serão desafios mais que superados daqui a dois meses e que estas dúvidas não passarão de memórias. Mas até lá, vou debater-me muito mais, para além das aprendizagem, e vou questionar-me vezes e vezes sem conta porque é que o nosso cérebro brinca connosco desta maneira, e porque carga de água é que muito daquilo que todos nós fazemos e dizemos no dia-a-dia não nos leva a estar entre quatro paredes, fechados. 
Se há alguma etapa que me há-de fazer pensar muito (muito mais) será esta. Daqui a umas semanas volto a dar noticias acerca da temática. Se não tiver sucumbido.
Hasta.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Challenge

Elevam-se novas prioridades, determinam-se novos objectivos, deixam-se de parte outros projectos menos apetecíveis e começa-se uma nova fase. É bom, começar de novo. Uma lufada de ar fresco por começar finalmente a dar algum rumo aos meus objectivos pessoais, há tanto tempo pendurados pela exigência do meu curso. Mas percebi, ainda a tempo, que com muito esforço tudo se consegue, e devagar vou conciliando vários sonhos ao mesmo tempo, sem deixar nenhum em stand by. É o que me faz sentir mais viva, mais activa, mais perto de novas metas. E sabe tão, mas tão bem.