domingo, 6 de abril de 2014

Does it hurt?

E não é pouco. Quando erramos, quando não damos o braço a torcer, quando olhamos para nós, apenas. Dói quando magoamos, num impulso, porque não conseguimos pensar antes de dizer. E acredita que me culpo. Dia após dia, por ser assim. Por não compreender que a razão não está sempre do meu lado e que perco muito quando te quero só para mim. Mas é bom sabes? Ajudas-me a crescer.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Post it


Há amigos e amigos

Há quem nos tire as palavras, por dizer coisas tão acertadas que nem temos como contra argumentar. Há amigos tão plenos, tão puros, que nos acompanham dia após dia, mesmo quando nem tudo é um mar de rosas. Estão lá quando caímos, ajudam-nos a erguer. Estão lá para nos mostrarem que ainda há um grande caminho para se percorrer, e mesmo quando não é fácil, estão do nosso lado. Ficam do nosso lado, incondicionalmente. Há amigos insubstituíveis. Amigos daqueles a quem nunca vamos conseguir demonstrar a nossa gratidão. Por tudo. Por todos os momentos. Há amigos e amigos. Uns melhores que outros, uns mais presente que outros. Mas não me venham cá com tretas, nem com teorias de grandes amigos que se constroem com base no vazio, no ridículo. Isso não são amigos, nem sequer para preencher as horas mortas. São talvez aquilo que queríamos ter, mas que não temos. É preciso muito, mas mesmo muito mais do que umas conversas para considerar alguém um amigo. Leva muito tempo, roubam-nos muitas coisas. Tiram de nós o mesmo que lhes tiramos, em troca. É recíproco, mútuo. É um crescimento que se faz. E quando temos a capacidade para compreender isso e distingui-los uns dos outros, não precisamos de mais nada.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Feliz o ignorante


Sometimes

Às vezes gostava de ser mais preto no branco. Ser menos complicada, menos acinzentada, mais pragmática. Ter a capacidade para dizer o que penso, sem rodeios, sem andar a moer e a remoer a situação. Incomoda? Vamos falar acerca disso. O problema, o real problema, é quem está do outro lado. É quem nos ouve, quem nos vê, quem lê a nossa expressão mesmo sem dizermos ai!. E aí entram os milhares de estratégias que tentamos adoptar para contornar a situação, sem sucesso. Nunca funcionei, nem funciono, com a técnica de engolir sapos, muito menos aprecio que não percebam, ou percebam mal, o que tenho para dizer. Mas há quem nos detenha, quem nos faça pensar duas a três vezes antes de darmos o salto, antes de cuspirmos tudo cá para fora, antes que seja tarde demais. Mas às vezes tem de ser. Às vezes temos que dar uma grande bofetada no ar e um pontapé no sapo que ficou entalado. De berrar os sentimentos que fomos acumulando, por termos perdido o jeito de os explicar convenientemente. Às vezes custa, sabemos que a reacção vai ser pouco confortável, sabemos que vão ser postas em causa muitas outras coisas, muitos outros sentimentos e situações. Mas às vezes tem mesmo de ser. E isto se queremos que, às vezes, as coisas resultem. Às vezes, não é nada fácil. Mas vale a pena. Às vezes.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Sabes?

Sabes que me tiras o sono de noite? Desconcentras-me nas aulas, tiras-me daquela sala fria e levas-me para longe. 
Sabes que sinto arrepios quando te encontro nos meus sonhos, ou quando oiço a tua voz? Fervilho cada vez que te vejo, como se estivéssemos no início. 
As minhas mãos ainda tremem quando encontram as tuas e continuo a adorar o toque da tua pele como se ainda me fosse estranha.
Continuo a admirar os teus traços, o teu sorriso torcido, o riso contagiante, que me faz tão bem. 
E sabes? Ocupas a minha cabeça a toda a hora, fazes a distância doer mais. Provocas-me com as saudades que sinto, testas a minha sanidade quando deixas o tempo passar, simplesmente.
Mas fazia tudo da mesma forma, sem mudar uma única vírgula.

Done.

Não tive tudo o que pedi. Pedi mais sol, pedi mais horas de descanso, pedi um fim de semana mais comprido. Pedi muita coisa. Mas contentei-me com um dia de sol em que pude namorar o mar, com as seis horas de sono por noite, com o trabalho mesmo até à última. Pedi férias, mas tive direito a duas semanas de aulas, que ainda mal começaram. Pedi muitas horas para nós, mas tive ainda menos do que aquilo que esperava. Mas ainda assim, agradeci por tudo o que tive. Não é, nem de longe, o que precisava, mas foi mais que suficiente para tornar o meu mês repleto de sucessos, de aprendizagens e sorrisos difíceis de arrancar. Não dormi bem, não descansei, não namorei tanto quanto queria, mas cheguei ao fim e pude suspirar, tirar muitos quilos de cima dos ombros, por ter completado uma grande etapa, por ter crescido muito e por estar um passo mais perto da minha grande realização pessoal.