quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ontem e amanhã

O que é feito de todos aqueles que um dia estavam presentes? Não há tempo para dar resposta a estas questões. Quem está está, quem não está, pouco importa agora.
Em dias concretos, fico nostálgica e consigo encontrar em mim, algures, a força e coragem necessárias para pensar que não falta pouco para tudo isto acabar. Assim, num piscar de olhos, já tudo isso faz parte daquilo que foi. Olho para tudo o que se encontra à minha volta e tudo o que vejo se torna distante e inalcansável. Não há culpas nesta história. Há percalços, obstáculos que muitas vezes nos tornam indefesos, incapazes de os superar. E é apartir destes momentos de crise que olhamos para o céu, do fundo do poço, e contamos até dez. Se houver uma razão que faça tudo valer a pena, lutamos, resistimos. Caso contrário... deixamo-nos levar.


Façam valer a pena. Eu faço o esforço. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Run Faster

Tive um flashback... E por isso, hoje, ri à gargalhada!
Foi um dia no Verão, daqueles em que tinhamos que estar vestidas na praia por causa do frio. E num acto de pura infelicidade despi o meu vestido e tu a tua túnica. E tudo o vento levou...
Lembras-te? Andei de um lado para o outro na praia feita tonta à procura do meu adorado vestido... tu desataste a rir na minha cara quando a mim só me dava vontade de chorar que nem uma criançinha por ter perdido algo de muito valor. Depois de mais uma investida encontrei o fugitivo enrolado no meio de um monte de areia... E depois foi a corrida da minha vida.
"Não vamos conseguir Inês, esquece."
"Não és tao boa a Educação Física? Corre!"
Quem sabe  que não se deve desistir, tem sempre razão! :D
Memórias que ficam cá bem guardadas

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desapareçam

Conhecem aquele tipo de pessoas que gosta de viver a vida dos outros (a vida que eles próprios não têm)...? Eu, infelizmente, conheço demasiadas e começo a ficar farta. Uma coisa é chatearem e brincarem com uma pessoa. Outra, é envolverem tantas outras que nada têm a ver com o principal foco de interesse. O que é que eu posso fazer? O deprezo já não é suficiente. Vou começar a recorrer à violência.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Arte de Contemplação

Delicio-me cada vez que vejo a tua cara e o teu sorriso, tão idêntico ao de uma criança à beira de um novo mundo. Fazes o meu coração derreter-se quando me lanças aquele teu olhar... aquele, específico. E hoje, por razão alguma, lembrei-me de fixar o MEU olhar em ti, queria ver sem estar apenas a olhar. Queria sentir o reconhecimento dos teus olhos em mim. Ao invés disso, confrontas-me com o teu sorriso maravilhado uma vez mais. E esses teus olhos, o que me contam eles?



sábado, 25 de setembro de 2010

Agapó (em Grego)

"Eu vivo contigo num mundo intemporal onde não há pressas, onde não há paragens... Onde tudo se torna Eterno. Tudo"

Nunca me vou esquecer disto.

"Morri e renasci"

"Ines.. acabou (...) eu não sirvo para ti (...) não vale a pena."
Já nem sei que dia foi. Nem me quero lembrar. A dor que suporto hoje, apesar de desvanescida, ainda consegue ser suficiente para me relembrar, até morrer, o que aconteceu.
Estava tudo trocado. Não percebeste nada de nada e depois o que fazes? Desistes.
"If you give up, what am I suppose to do?"
Discussões todos temos, sabes? Nunca uma tão banal, como esta, te deveria ter levado a pensar que não servias para mim. Sempre te pedi que nunca desistisses de nós, que olhasses sempre para trás e visses o que ao longo de tantos meses fomos contruindo. Queria que te tivesses lembrado que sem ti, melhor, nunca ficaria. Era em ti que me apoiava. Eras o meu Cais. Continuas a sê-lo. Mas aquela tu indecisão desfez-me em mil cacos. Ruí. Já não havia nenhum abraço caloroso daqueles que me davas quando nos viamos, já não havia nenhum ombro onde me agarrava com unhas e dentes quando alguma coisa corria mal. Já não havia esforço para se fazer. Já não havia nada. E no entanto, continuava a existir tudo. Toda a nossa vida em conjunto... todos os dias que ficaram para trás... permanecia tudo intacto e intocável. Como poderia eu ter coragem para continuar a olhar para tudo isso sem me querer mandar para o chão e berrar até ficar sem voz para que voltasse para mim, para que parasses de ser idiota e percebesses que eu sem ti já não era nada?
Queria ter tido a força e a coragem para te ligar e começar com os meus mil e um argumentos que te levariam a ficar comigo para sempre... mas a única força que eu tinha estava concentrada na minha cabeça, para não fazer asneiras.
O renascer veio depois... com o amanhacer.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Miss


Fico com saudades dos dias em que podia ver este por-do-sol, sempre que me sentava naquela cadeira, a aproveitar os últimos sopros do dia. Volta para mim, Alentejo. Volta e trás me de volta aquela paz entediante com que me deliciava a toda a hora.

domingo, 19 de setembro de 2010

breaking dawn

Todos os dias acordo a pensar quando chegará o dia em que tu vais estar a ocupar o espaço vazio que encontro de manhã, quando os primeiros rasgos de sol irrompem pela minha janela.
Deixa esse dia chegar e prometo que passo o dia todo na cama abraçada a ti, para ter a certeza de que não é mais um dos meus adorados sonhos a fazerem trocadilhos com a minha realidade traiçoeira.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

tudo

É a diferença entre nós. Nem é preciso ir mais longe. É suficiente a ilusão que nos separa, a minha vontade de voar e a vossa (estável) situação: a de quem quer ficar no mesmo lugar até sempre, sem evoluir, sem abrir a mente ao que passa mesmo em frente dos olhos de todos. É a diferença. E a diferença acaba por unir-nos. Liga-me a vocês como se tivesse a responsabilidade de vos fazer ver que talvez haja mais para além daquilo que pensam existir. Talvez exista mais mundo para respirar, mais vida por fazer valer a pena. Mas nem sequer seguem conselhos não é? Gostam tanto da vossa pequena ideia de que a perfeição de tudo já vos pertence que não se dão ao mínimo esforço de pensar. Mais não posso fazer por vocês. Não se trata de vos deixar ou não para trás, mas a vida lá fora chama por mim, faz de mim uma das pérolas a sair da sua concha. Passo a passo fá-lo-ei e vocês continuarão sentados no chão com um sorriso vazio de contentação nas vossas caras. Sabem o que eu faço? Rio. Rio alto, mando gargalhadas por ver quão diferentes conseguimos ser. E sabem o que acontece? As minhas gargalhadas ecoam na vossa mente oca. Mas ainda assim, sou capaz de adorar-vos... porque me disponibilizaram tantos momentos... momentos que me trouxeram aqui. Mas de uma vez por todas, tirei da minha consciência o peso de que vos devia alguma coisa por tudo o que (não) fizeram por mim. There's a way out for you. Eu acabei de seguir o vento. Agora, sou imparável.

passo a passo

"I'm a mess, I'm a mess, I'm a mess... I'm breaking through this walls. But I'm not givin up"


'Será que os nossos sonhos se tornarão realidade?' Eu não vou fazer outra escolha a não ser a de ficar contigo. Há as tormentas, os erros e as vontades de berrar mas será que isso é suficiente para nos fazer acreditar que vale a pena destruir todas as memórias? Eu sei a resposta. E tu também sabes.

sábado, 11 de setembro de 2010

regressar


depois de semanas afastada das tecnologias a que estou habituada cá por casa, chegou a altura de ter tudo de volta. mas, (in)felizmente, regressar significa também começar a despedir-me de muitas coisas e começar a habituar-me à monotonia de quem volta pra escola. que assim seja, mas que, por favor, passe tudo tao depressa como este verão. adeus às festas, praias e piscinas e às manhãs em que a cama nos prende a ela. Venha depressa o natal e o fim de ano em Londres, por favor.