terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vou, mas fico.

É a saudade. De casa, do amor, do calor que me conhece tão bem e que me acalma quando o abraço. Não há nada melhor neste mundo que ter a oportunidade de pisar outros destinos, procurar outras saídas e encontrar-me bem longe do sítio ao qual chamo casa. Mas as coisas mudam de figura quando há algo tão forte que me prende e me puxa e me deixa a remoer... voo para outro lado, desfruto das paisagens mais inesquecíveis, partilho o melhor Carnaval e namoro a minha gastronomia predilecta. Tudo perfeito. E ainda assim, há uma peça que me falta, uma ponta solta que me traz sempre de volta ao sítio onde pertenço. Posso caminhar, percorrer as ruas italianas, apaixonar-me por toda a luz e recantos escondidos, rezar nas maiores catedrais, assistir à maior mistura de cores e cheiros, sentir-me cheia e plena outra vez. Mas aquele pedaço... Procuro-o dentro de mim e venho sempre de volta ao início. 
És tu, sabes. Deixa-me assim, a quilómetros de distância, e tão perto.