domingo, 31 de outubro de 2010

Indefinição

O tempo dói. E nós permanecemos retidos na ausência daquilo que nos marcou. O que podemos fazer quando o suspiro já não chega para nos fazer encher a alma de descanso? Virar as costas ao futuro e sorrirmos para as palmas das nossas mãos, cheias de nada. This is life.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Heaven

Hoje senti-me no céu, bem longe daqui. Bem perto do teu abraço quente e dos teus lábios, que me fizeram cativeira por uns longos dezasseis minutos. Nunca me tinha dado tanto a alguém como a ti. Nunca tinha roubado lágrimas de felicidade a ninguém como te roubei a ti. Nunca tinha sentido tanta felicidade num momento como senti hoje. Nunca tinha beijado uma pedra com significado, mas hoje, fi-lo.
Vejo mundos do meu mundo a desabar constantemente, coisas que simplesmente se deixam para trás. E cada vez mais me agarro a ti, com mais força. Só é preciso ser-se para estarmos a meio caminho do céu. Hoje, caminhei um passo mais na tua direcção.
É por ti e para ti.


domingo, 24 de outubro de 2010

Dias e Dias

Há sempre dias bons. Mas também há sempre dias maus. Dias em que deixamos sair todas as mágoas e todas as insatisfações. Hoje foi o meu dia. Foi  a minha vez de mandar cá pra fora as frustrações que me atormentavam há meses. Que resoluções encontrei? Sinceramente, nenhumas. Mas pelo menos explodi num sítio onde não afecto ninguém. Desta vez, fui esperta. Hei-de encarar melhor novas situações que surgirem e ter mais paciência para aqueles que estiveram na causa disto. Mas não sei prometer que para a próxima a explosão não vai incidir precisamente em cima de vocês.
Be ready.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Esperança

Foi disto que se tratou. Um breve momento de esperança para mim e uma esperança de vida para ele. Criatura minúscula que teve a sorte de se cruzar com uma admiradora solidária de gatos. Eu sonho como as crianças, fá-lo-ei sempre.
"Mãe por favor deixa-me levá-la pra casa! Por favor!" Hoje, é uma siamesa obesa e maldisposta e anda a roçar-se na camas cá de casa e a apreciar o bem-bom de ter uma taça cheia de comida e dezenas de mantas fofas onde pode dormir... mas há 6 anos não passava de uma das mais de muitas que passam fome pelas ruas e miam sofregamente na esperança que alguém as leve para casa.
Ele é um desses. Queria que aquela pequena taça de comida que lhe dei passasse a ser diária. Queria torná-lo num gato fofo, lindo lindo lindo que dormisse comigo e me aturasse quando não houvesse mais ninguém para me ouvir. Eu queria tê-lo trazido para casa. Mas há vezes em que chega a altura de assentar os pés no chão e ouvir um não. Eu acredito que há, para ai algures, mais almas caridosas como a minha, que vão salvar o meu fofinho.

p.s. na fotografia parece pouco simpático, mas para se ter deixado apanhar, ronronar enquanto come (deliciado!) e (tentar) miar cada vez que o chamam.. oh, imaginem lá a doçura.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

I want to

again

O toque quente de uma mão, uma onda gelada a vir contra o meu corpo despido, a areia fervente agarrada à minha pele, uns lábios com sabor a fruta, aquela mistura de perfumes que me punham tonta de tão doces que eram, o frio a gelar os meus ossos, o duche quente a trazer de novo a cor da pele... Sentir.

Só alguns

Compromissos... daqueles que valem a pena? Adoro!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Speech(less)

A verdade, pura, aquela que demasiadas vezes chega aos outros através de mim... bateu à minha porta. Obrigada Verdade. Ainda bem que apareceste. Está definitivamente na altura de recomeçar. Obrigada às amigas, também. Às amigas, repito. As que mereceram todo o tempo para serem ouvidas, as que merecem o nome, as que me vão fazer continuar... as que sofreram em primeiro lugar. Prometo, hoje, aquilo que vocês já sabem.


A música diz tudo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Hope for the hopeless

Eu sou diferente. Quando olho para um céu nublado vejo aquela mísera abertura que mostra um céu azul cheio de vontade de se expandir. Pouco me importo com todas as outras nuvens que tendem a provocar-me dores de cabeça. Talvez seja por isso que me desiludo, quando a manchinha azul acaba por findar.
Acontece o mesmo com as pessoas. Tal e qual. Criamos uma determinada imagem, de acordo com as interpretações feitas. Talvez sejam as minha interpretações a estar erradas. Talvez sejam as pessoas que mostram uma imagem errada... ou talvez sejam ambas. O que é certo é que chegou tudo a um ponto em que nada está bem. Objectivo? Perder tempo.
Conversas, conversas e mais conversas acabam por nos deixar no mesmo exacto lugar. Não é que eu ache que já não vale a pena, mas primeiro, uma pessoa começa a habituar-se a esse distanciamento, segundo, se um faz o esforço pelos dois acaba mesmo por não resultar.
Eu vou, mais uma vez, submeter-me a esta humilhação. Mas prometo que é a última.