terça-feira, 22 de julho de 2014

Mais um

Pausa. Segundo ano da licenciatura feito. Um ano que passou, não rápido, nem a voar. Mais tipo: num-piscar-de-olhos. Um ano de muitas surpresas, muitos degraus e muito cansaço. Óbvio. É de louvar ter chegado viva às férias. É de louvar o esforço, a média, os sucessos. É muito, este orgulho próprio. Se calhar maior ainda por não se estender àqueles de quem esperamos mais. E aí o reverso da medalha é doloroso. Estar à espera. Como diz o outro, não vale a pena esperar, porque o aqui e agora é que são tudo. Mais vale acreditarmos em nós próprios e nas nossas capacidades, lutarmos até não termos fôlego, e conseguirmos atingir tudo. Sermos e fazermos o que queremos, por nós, pelo nosso ego, pelo nosso orgulho, pela vida e pessoa que queremos ser. E não ficar à espera daquela palmadinha nas costas, do estilo, parabéns, estou mesmo orgulhoso de ti. Mas é de morder o lábio, de remoer as entranhas. Estamos sempre à espera. E quem diz que não precisa disso, está a mentir. Ou então nunca soube realmente o que é ter alguém orgulhoso pelo que fez. 
Mas eu estou. Orgulhosa do meu trabalho, da minha dedicação àquilo que mais gosto de fazer e estudar. Um dia sei que vou estar onde sempre quis, não pelas palmadinhas nas costas nem pelo apoio incondicional, mas sim pelo meu trabalho. Por ambição. E nessa altura hei-de ser um bocadinho mais fria do que sou hoje. Mas sempre orgulhosa.
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