quinta-feira, 28 de abril de 2011

I will never forget


It never crossed my mind
That there would be a time
For us to say goodbye
What a big surprise
But I'm not lost
I'm not gone
I haven't forgot


24 de Abril

Tal é o teu deslumbramento que nem notas. Essa tua vontade insaciável que te consome sem tu dares conta vai destruindo o mundo que lutaste por construir, que fez de ti o que és. Abraças o momento como se te pertencesse, como se fosse só teu. Mas enganas-te. respiras fundo e sentes como dói, como corrói. Queres acreditar que podes ter tudo na palma da tua mão mas quando te apercebes e a olhas, constatas que nada tem a não ser o vazio que te preenche. Questionas, gritas, maltratas porque não consegues chegar a nenhuma conclusão, sem ser a de que nada é tão fácil como aparenta, mas isso já sabias. A escolha é tua. Passas da tua indecisão para um momento de auto-realização. Deixas de querer saber, esqueces-te, uma vez mais, que não eras a única personagem e continuas a história rumo ao teu próprio destino. Mas quando o alcanças sentes-te incompleta e demasiado cega para olhares para trás. Há um mundo cheio de novidades lá fora e só páras quando o roubares. Hás-de chegar ao topo, triunfante, mas vazia. É-te cedida uma segunda oportunidade. E é aqui que a tua história começa.

Ao menos isso

Estava totalmente enamorada com as letras, viciantes, perdida por entre as deliciosas páginas do meu livro. Mas só até o som estridente na sala de espera, a gritar o meu nome, me ter puxado da minha realidade imaginária para enfrentar as novidades. Boas, ao que parece.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Essência

Garantias? Onde?

Eu também quis ter muitas garantias. Também sonhei com uma vida maravilhosa, com um juntos para sempre. Idealizei muitas das coisas que, quase sem notar, se esfumaram por entre os meus dedos. Eu também criei um cais, uma segurança, para poder ter regalias na vida, para me poder dar ao luxo de arriscar mais noutras situações, sabendo que uma simples coisa estaria sempre mais que garantida. Mas a verdade é que não podemos ter a certeza de nada. Não nos podemos dar ao luxo de ter garantias.
Garantias. Até já me soa mal. Acreditar que são essas as garantias que nos vão permitir ter sucesso em várias situações é um erro. Deixei de acreditar. Pelo menos hoje não acredito mais naquilo que pensei ter garantido. Não me trouxe nada de bom. Só me deixou com mais dúvidas.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

De um sonho

"É fácil não é?"
Optar pelo caminho menos intrincado, dar mais valor a pequenas resoluções e deitar fora o que de nós consumiu tanto tempo e trabalho.
Fugir daquilo a que nos comprometemos só porque encontrámos no desconhecido pedaços daquilo que nos falta. Deixamo-nos deslumbrar, com a sede de ter mais, sem nos lembrarmos que de tanto ambicionarmos perdemos o que construímos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

De Berlim














come around

Foram segundos. De tanto pensar neles parecem ter-se desvanescido, misturando-se entre aquilo que é o sonho e a realidade. Fizeram-me voar para longe, só para sentir o muito que perdi. Fizeram tudo valer a pena.

Sabe a pouco

Eu encontrei mil mundos, lá fora.


É só isto

Depois de tentar recuperar das 27h que estive sem dormir consegui pensar, minimamente, ao ponto de me aperceber que estou a perder demasiado de tudo o que por aí anda. Tive um ódio puro a tudo, uma vontade inconcebível de chorar desesperadamente porque nada acontecia como eu queria. É o que acontece quando se tem muitos planos. É o que acontece a pessoas como eu, com a mania de esperar mais daquilo que é possível obter. E espantei-me. Espantei porque ultrapassei os sussurros que gritavam dentro da minha cabeça, afastei muitas das insuportáveis memórias que me moíam a paciência. Quase as esqueci. Ocupei-me com coisas e gentes que para lá de serem novas tinham interesse a transbordar por elas. Por mim ficava. Ficava longe e aprendia que aquilo que tenho não chega, nunca. Não posso confiar naquilo que é frágil.
E apetece-me rir por ainda me preocupar com o que ficou. Rir-me das situações de tão ridículas que são, rir-me de mim porque não consigo evitar olhar para os mundos e ver o quão distintos são. E saber que ambos me pertencem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

De partida

É já daqui a pouco. Depois de ter feito a mala e depois de ter concluído que não sou, de maneira nenhuma, rapariga para viajar de mala às costas, parto rumo a Berlim. Por cá ficam os familiares de que tanto gosto e comigo, de bagagem, levo muita saudade e muita força para não ser picuinhas. Sou forte forte, quero ir estudar para fora, mas a verdade é que sou uma lamechas que não consegue largar as saias da mãe.
"Só custa a primeira vez" diz aquele que mais viaja cá por casa. Só espero.
Até breve,
xoxo


Berlim, finalmente(?)

Falta menos de um dia para partir e ainda não tratei de nada. Torna-se impossível idealizar uma mala cheia de roupa, quando cá estamos com temperaturas de verão e lá o termometro não passa dos 12ºC. E depois é pensar nas malas e bolsas e livros e chapéus de chuva e luvas e cachecóis... e continuar a ouvir cá por casa que "assim não passas no check-in! a tua mala há-de ter muito mais que 20kg!". Ainda não fui e já estou farta do frio.
Só espero que lá tudo valha a pena.
Uma coisa é certa, a caneta e o caderno das viagens vão comigo de certeza. Isso e a máquina fotográfica.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Hoje à noite #3



Stay strong

Foram muitos anos. Viveram-se muitas histórias e muitas foram também as glórias e as desavenças.
Foram precisas muitas vozes para mudar aquilo que estava mal, foram muitas as vozes que nos ensinaram a crescer, a fazer bem feito, a estimar e a guardar preciosamente todos os pequenos momentos e todas as amarguras que, um dia mais tarde, nos fariam pessoas mais fortes, mais aptas às desventuras da vida.
Foi preciso mais que um só pai e mais que uma só mãe para nos fazer ver que era preciso cair, antes de nos conseguirmos erguer. Foram precisos os segundos irmãos, os padrastos e as madrastas para nos apercebermos de que uma relação forte, inquebrável, se constrói ao longo de uma vida e permanece... não surge em dois meses e não é substituível.
Foram precisas muitas lágrimas para expressar aquilo que, muitas vezes, não temos capacidade para demonstrar abertamente. Nunca em demasia foram os abraços e as conversas até ao fim da madrugada, as mentirinhas piedosas que nos faziam sentir as rainhas do (nosso) mundo. Nunca as palavras que mais magoaram em certo momento foram menos preciosas e úteis. Todos precisamos delas para crescer. Crescer e olhar para trás, rever e tirar lições de vida. E é precisamente por conseguir olhar para trás, com orgulho, que digo que não vou deixar um minuto que seja perder-se. Não vou permitir a chegada ao fundo, muito menos o desistir. Mais que uma amiga, és família. Ninguém desiste. Ninguém cruza os braços como se não houvesse volta a dar. Há sempre. Até no estado mais crítico, há sempre. E tu, que me conheces melhor que muita boa gente, tu sabes que eu não te vou deixar. Nega, foge, luta, ridiculariza. A mim, não me tiras a esperança.


domingo, 10 de abril de 2011

E será que é desta?

Depois dos muitos falsos alarmes que foram surgindo, chegou até mim uma grande oportunidade. Só espero que dê resultado.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

"das memórias renascidas"

Sabe bem por dar em troca de nada. Sabe bem poder dizer que com a idade que temos, nos esforçamos tanto por uma boa causa. Sabe bem receber um sorriso acolhedor, a transbordar gratidão. Fazer mais pelos que têm menos. É bom demais.


(blog em construção)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

That's Life

A vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa

Mas que aprendemos todos os dias com ela, disso não há dúvida alguma.
Todos os dias aprendemos com os nossos erros, todos os dias nos arrependemos a olhar para o que deixámos passar, como meros espectadores. Aprendemos que há pessoas e pessoas, e que aquelas a quem podemos confiar a nossa vida se contam pelos dedos de uma mão. Damos conta da quantidade de vezes em que o nosso coração se despedaça e das vezes em que, do mesmo modo, sabemos magoar. Encaramos todos e os demais problemas e respiramos bem fundo em todas as variadíssimas vezes que percebemos que errámos, uma vez mais, a confiar em pessoas que nos mentem, que nos invejam e nos querem mal. Erramos constantemente. Damos tecto e acolhemos os que se despediram de nós sem demoras e apoiamos sempre aqueles que, depois de nos usarem, nos deitam fora como se fossemos lixo. Erram os outros quando nos sabem criticar, fazendo depois exactamente o mesmo que nós, sem dó nem piedade. É bom ter pessoas assim à nossa volta. É bom ser-se espezinhado e humilhado pelo esforço que não valeu de nada.  É bom, porque um dia, quando dermos por nós, vão estar eles nos nossos lugares, a serem espezinhados e humilhados, à espera de uma chance que não virá. E quando chegar essa altura vamos ter a dignidade de lhes retribuir precisamente aquilo que, com tão bom grado, nos ofereceram: nada. É bom saber que a vida é injusta. Que seja até injusta só para mim. Sei que nunca, por muito que lutem e ambicionem, nunca vão ter o caroço da manga que eu tenho. Nunca vão poder chorar depois de erguerem tantas barreiras porque simplesmente elas não existem, são desnecessárias. Não é preciso ser-se mau, é preciso ser-se forte porque todos os dias, todos todos, nos cruzamos com pessoas com pena de não serem mais. É a vida.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

send me away

Azul. Azul profundo. Tal como aquele azul que perdi há muitos anos. Olhei bem fundo e por poucas que tenham sido as vezes que tive para a conhecer, como pessoa, é inevitável não sentir o aperto no coração. O aperto de que está perto (que esteja tão enganada), o aperto de sentir aquilo que se sente quando se perde alguém, seja ele quem for. Olhar nos olhos porque já não há outra maneira de nos conseguirmos compreender. O sufoco e a vontade de gritar e de agarrar com força aquilo que, de uma maneira ou de outra, nos pertence. A vontade de fugir para não ter que enfrentar o horror, por pensarmos que vai ser mais fácil se estivermos longe, longe de encarar a realidade. Sofrer por antecipação. Corrói o espírito. Agita aquilo que somos, intrinsecamente. Fechar os olhos à noite e pensar no que já foi. O que eu não dava para regressar aos doces e inocentes anos em que nada se passava, pelo menos aos meus olhos.
Ser forte. Acreditar que quando chegar o dia vamos conseguir flutuar sobe tudo para não sentir. Evitar o inevitável. It hurts.


Querida Marta

e.a.p.s.f.
12/Abr/2009 17:34
"(...) mas no fim só vais recordar as coisas boas"

"senti que tinha de escrever alguma coisa. mostrar que tento sem dúvida e a todo o custo esquecer tudo e ao mesmo tempo lembrar tudo. sei, e digo-o com toda a certeza do mundo, que foi contigo que passei alguns dos melhores momentos da minha vida. que repetia tudo outra vez e que tudo o que temos uma com a outra, a nós, ninguém nos tira. e é isso que me deixa feliz. saber que te esforças, saberes que me esforcei e esforço para dar continuidade ao que sempre tivemos, ao que espero que continuemos a ter. neste momento ainda não é a mesma coisa, apesar de saber que já estivemos bem, bem mais longe. mas não tinha a certeza que eras tão importante se a nossa amizade não levasse um 'empurrão'. quero que continues a contar comigo para tudo. quero que me contes o bom e o mau. que me digas as coisas mesmo sabendo que posso ficar magoada. quero continuar a gritar contigo, a bater-te e a contradizer-te e a mostrar-te que aconteça o que acontecer eu vou ser a primeira a dar-te na cabeça pela 'merda' que fizeste...pois quero ser também a primeira a abraçar-te sempre, sempre que precisares... amo-te"

Fui desencantar estes fofinhos aos recônditos dos nossos hi5, qual quê. Não sei se ainda estavam vivos na tua memória. Eu não conseguirei nunca deixar para trás tudo aquilo pelo que já passámos. Fiz escolhas, demasiadas escolhas. Se foram as mais acertadas? Foram. E sabes porquê? Porque hoje continuas a ter o teu lugar especial e sei que posso contar contigo até sempre.
Venham as faculdades e as faltas de oportunidade, venham as incompatibilidades de telefones e a pouca sorte que temos para nos ver. Até pode vir maior distância, mas lá no fundo, continuamos perto (e tão perto) como no dia em que disseste "paulo, paulo, a inês esta a abrir o portão!". Há certas coisas que fazemos por agarrar com a maior força que temos. Há certas pessoas sobre as quais nunca nos enganamos e que nos conhecem tão bem como a palma da própria mão. Há vida que, inevitavelmente, vai lá estar sempre para nos recordar o quão felizes soubemos ser, juntas. Há momentos em que berrar e gritar e correr não chega para nos fazermos ouvir, mas eu sei que um dia isto vai voltar a ser o que era há uns anos atrás. Por muitos quilómetros que tenham os textos e as boas intenções nada melhor que um olhar bem fundo nos olhos para preencher as lacunas que fomos deixando abrir. Por muito tumultuoso que seja o caminho, por muito desamparados que nos possamos sentir, há forças que surgem sem nós sabermos bem de onde. Sei que me compreendes. Sei que vais perceber que continuo a fazer o mesmo esforço para estar sempre presente.
Um beijo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

De hoje

Hoje à noite #2

Hoje é, necessariamente, a altura certa para me (voltar a) dedicar convenientemente à leitura. Pus de parte os grandes romances históricos e deixei-me namorar com um livrinho bem mais levezinho e que me vai dar muito, mas mesmo muito gozo a ler.


E isto, como a minha mãe diz, é das pancas que vão e vêm, mas enquanto permanecem, fazem sempre valer a pena.

de férias

Finalmente já posso dizer que as férias, o descanço, os livros, os filmes, as receitas... vieram para ficar.
Hoje então, depois de pôr de lado os testes e os stresses, as compras vão ocupar a minha tarde inteira. Nada melhor para se fazer sentir o aproximar das férias. Isso, e um (bom) Frappuccino de caramelo.