quinta-feira, 21 de abril de 2011

É só isto

Depois de tentar recuperar das 27h que estive sem dormir consegui pensar, minimamente, ao ponto de me aperceber que estou a perder demasiado de tudo o que por aí anda. Tive um ódio puro a tudo, uma vontade inconcebível de chorar desesperadamente porque nada acontecia como eu queria. É o que acontece quando se tem muitos planos. É o que acontece a pessoas como eu, com a mania de esperar mais daquilo que é possível obter. E espantei-me. Espantei porque ultrapassei os sussurros que gritavam dentro da minha cabeça, afastei muitas das insuportáveis memórias que me moíam a paciência. Quase as esqueci. Ocupei-me com coisas e gentes que para lá de serem novas tinham interesse a transbordar por elas. Por mim ficava. Ficava longe e aprendia que aquilo que tenho não chega, nunca. Não posso confiar naquilo que é frágil.
E apetece-me rir por ainda me preocupar com o que ficou. Rir-me das situações de tão ridículas que são, rir-me de mim porque não consigo evitar olhar para os mundos e ver o quão distintos são. E saber que ambos me pertencem.

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