sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Já não há como voltar atrás

É horrível ouvir sempre o mesmo, vindo de mil bocas: a decisão é tua. Eu sei, eu sei que a decisão é minha. Gostava só que todos me dissessem aquilo que eu queria ouvir. E chorei, fartei-me de chorar enquanto não me decidia a largar tudo e começar de novo, longe de casa. Mas decidi-me. Pus um ponto final nas indecisões que me tomaram horas e horas durante toda a semana. Anulei a segunda candidatura, pus-me em marcha e tomei consciência de que no próximo ano vou viver em Leiria. E é tão estúpido, tão mesquinho dizer que não custa nada. Custa, e muito. É já ali, tudo bem, não estou noutra parte do mundo, mas sair de casa, com dezoito anos, ficar independente, arranjar hábitos e responsabilidades do dia para a noite não é nada fácil. Mas como me disseram ainda há pouco, são precisas pessoas fortes, fortes de espírito, com experiências insubstituíveis. E é nisso que me vou tornar, mais forte ainda, mais consciente e responsável. E não tenho qualquer dúvida de que também vou aprender a dar valor a todas as pequenas coisas, como toda a gente diz, mas que nem metade tem noção do quão verdade isso se torna.
A vida são dois dias. E já lá vão...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por hoje

Já chega de praxes, já chega de veteranos a berrar aos meus ouvidos. Gosto muito de todos, são todos muito queridos e simpáticos e entre eles está o meu futuro padrinho/madrinha. Mas mesmo com muito gosto estou exausta de viajar quatro horas, para assistir apenas a aulas que não contribuíram em nada para aumentar o meu conhecimento. Pedir por matéria para começar a estudar é pedir muito? Mas é matéria a sério, não propriamente revisões de física de décimo e décimo primeiro ano... disso já tenho uma boa dose! E posso pedir outra coisa, se não for demais? Quero frio. Dias frios, mas cheios de sol. Estou farta de usar a minha roupa de verão e os meus casacos estão cada vez mais apetitosos. É só mesmo isto, por agora.

sábado, 24 de setembro de 2011

Leituras


Apaixonei-me pela capa, pelas palavras que espreitei no interior... e trouxe-o para casa. 

Eu cá

Anda tudo com dores nos joelhos e sem voz, mas ainda assim felizes e contentes porque já vão conhecendo o novo mundo que os rodeia. Agora eu, nem um, nem outro. Não sofri com praxes nenhumas mas também não conheço nenhum colega de curso. Só veteranos. E alguns deles olham para mim como se eu fosse uma anedota. Mas, vou ter três semanas lindas pela frente em que vou passar mais de metade do meu dia exactamente como vocês andam agora. E começa já segunda-feira.
Uau.

Até breve

Amanhã, deixo Lisboa para trás, partindo à descoberta de Leiria. Por lá fico, até ver, e vou tentar suportar o horário horroroso que tenho e que me prende à faculdade até as oito da noite. Já tenho um pézinho naquilo que vai ser o resto da minha vida, como disse uma Sra. Dra. na palestra à qual fiz o favor de chegar atrasada, está claro. De aulas, nem se fala, começo bem bem, a baldar-me a anatomia e fisiologia, porque de Lisboa a Leiria ainda vão uns quilometrozitos e o médico ainda é de cá.
Vou devagarinho, mas minha vida vai num sopro. Estou desejosa de assentar, seja onde for... (já nem penso em Lisboa, quero é ficar quieta, sem ter de me sujeitar a horas de viagens para lá e para cá!).
Mas o meu canto, esse levo para todo o lado ♥

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Diários de Viagem #4

Perdi-me na imensidão de azul que me invadiu. O meu azul. A confusão entre céus e mares é finalmente minha. Não a troco por nada. 
To belong.

A Grécia é toda ela de perder a cabeça. Comovi-me com paisagens, deliciei-me com o iogurte típico (que nada se assemelha ao da Danone), fiz amizade com os gatinhos do hotel, alimentei-os, tirei fotografias que para mim deixam tanto por dizer, passei horas a tentar flutuar num jacuzzi, senti-me mais que bem quando vesti o meu vestido branco, chorei com as surpresas que me fizeram. Um dos meus companheiros de viagem, fez uma curta metragem da nossa viagem. São momentos que recordo todos os dias, que me trazem aquilo que mais falta me faz. Mas contento-me com a sua existência e com a possibilidade de os manter presentes a toda a hora. Farto-me de rir, tanto tanto que chego a chorar e depois misturo um monte de sentimentos porque sei que nada volta, nada se repete e porque, principalmente, vou perder-me na distância que me separa de tudo isto.



É a vida

Antes de julgares a minha vida ou o meu carácter... calça os meus sapatos e percorre o caminho que eu percorri, vive as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorre os anos que eu percorri, tropeça onde eu tropecei e levanta-te assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compares a tua vida com a dos outros. Não sabes como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.

São coisas como estas que me permitem chorar quando sei que nem tudo corre como nós planeamos. É ao olhar para trás que o novo caminho com que me deparo se torna tão sinuoso, tão cheio de trapalhadas e de inseguranças. Ver o abismo mesmo à beira dos meus pés mas mesmo assim ter que continuar em frente. Tentar arranjar forças e enganar a tristeza com coisas que me mantenham ocupada... mas perder tudo quando me apercebo de onde cheguei. Mas tudo passa. Tudo... leve o tempo que levar.

sábado, 17 de setembro de 2011

Devo ter partido algum espelho

Nunca fui uma miúda muito sortuda. Mas daí a ter que começar as minhas aulas de Enfermagem já na próxima quinta-feira, em LEIRIA (sim, porque não entrei em Lisboa) sem ter casa alugada, sem conhecer pitada do que quer que seja e com a boca cheia de pontos que nem consigo falar é uma perfeita loucura. Não dizem que na faculdade não se chumba por faltas? Acho que vou experimentar.
Mas adoro mudanças. Mesmo daquelas repentinas que nos põem a chorar durante meia hora, que nos fazem roer as unhas por ficarmos longe das pessoas que mais gostamos, daquelas que obrigam a fazer malas cheias de roupa das 4 estações e de comida cozinhada pela avó  querida! Bora lá, é hoje que a minha vida começa.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Agora que não posso falar

Contento-me com a escrita e com a leitura... sabe-se lá por quanto tempo! Isto de arrancar dois dentes do siso de uma só vez tem que se lhe diga.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Leituras

E pois que terminei agora um livro que me fez pensar (muito), um livro esotérico e interessante. Aborda diferentes perspectivas da Psicologia e faz imensas referências a música de excelência para se tocar no piano. Aparte disso, enche-nos de sugestões sobre como ter uma alimentação vegan. E chás... São chás em cada página, com os efeitos extraordinários de cada um, à mistura com alucinações e poltergeist. E bruxas. Claro. Com Marion Zimmer Bradley há sempre bruxas, sejam elas de épocas medievais ou do século XX. Gostei.




Refeições de hoje

Hoje, fui eu quem se apoderou da cozinha, frigideiras e especiarias para preparar um jantar delicioso, só por que sim. Cheia de inspiração do Chefe Sá Pessoa, peguei nuns bifes de perú bem temperados, fritei-os em azeite (sempre! em azeite) e gratinei-os no forno, envolvidos num molho agri-doce constituído por natas (bolas, é inevitável), muito muito limão, noz moscada e pimenta e muito mel. Ah! E acrescentei amêndoas torradas por cima. A acompanhar, um simples arroz branco. Delicioso


Diários de Viagem #3

Depois de Atenas, veio a ilha. Santorini. Andar de barco para lá chegar. Depararmo-nos com paisagens irreais, pouco convincentes da beleza que transpareciam. É de tirar o fôlego. Tirando isso, todos nos deliciámos com os gatos, que adoram entrar de rompante nos quartos dos hospedes. Foram dias e dias maravilhosos, cheios de sol, e memoráveis. Para repetir, sem dúvida.











Aqui ficam

Outras peças lindinhas que fazem parte do meu quarto novo :)




Uma lata que veio de Bruxelas para eu arrumar as minhas canetas e lápis de colecção, que combina com o meu papel de parede


Puxadores da Zara Home
 

Cabeceira da cama nova, contra o papel de parede




Pequenos requintes que encontrei no IKEA

É por isso que tem piada

Hoje, enquanto vocês estavam com o rabo sentado nas cadeiras da escola secundária, eu estava na praia.