quarta-feira, 29 de outubro de 2014

E a cabeça não pára

Não pára mesmo. Estava eu na minha interminável tarefa de secar o cabelo (e eu a jurar que o alisamento me ia dar menos trabalho!) e a minha cabeça a debater-se com dezenas de assuntos que vão fazendo os meus dias. (Sim, a minha cabeça está sempre a dois mil à hora, enquanto executo variadíssimas tarefas!) E um deles, o mais próximo, o mais urgente, o que mais me assusta: o próximo estágio.
Estágio. Serve para tanta tanta coisa, nomeadamente sair da zona de conforto, aprender com outras pessoas (doentes, na grande parte das vezes), chegar a casa exausta dos turnos, trabalhar até ficar com os olhos cansados. Faz parte claro. O que não faz parte é aquela inquietação constante, aquele ratinho no estômago por tantas dúvidas que me assolam, especialmente nesta fase do campeonato em que já passei por tanto, mas nunca nada como aquilo que está para vir. Psiquiatria. Só a palavra mete algum respeito. O próximo estágio é o de Psiquiatria e eu sem saber se este meu medo é pelo desconhecido ou pelo estreito sentimento de eu-também-sou-louca. É tão verdadeiramente sentido por mim aquele ténue e estreito limiar que separa a loucura da sanidade, que dói. E sei que tudo isto serão desafios mais que superados daqui a dois meses e que estas dúvidas não passarão de memórias. Mas até lá, vou debater-me muito mais, para além das aprendizagem, e vou questionar-me vezes e vezes sem conta porque é que o nosso cérebro brinca connosco desta maneira, e porque carga de água é que muito daquilo que todos nós fazemos e dizemos no dia-a-dia não nos leva a estar entre quatro paredes, fechados. 
Se há alguma etapa que me há-de fazer pensar muito (muito mais) será esta. Daqui a umas semanas volto a dar noticias acerca da temática. Se não tiver sucumbido.
Hasta.

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