terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tudo importa.

Não importa que ela não saiba dançar, que seja um rato de biblioteca, que leia livros como se estivesse a respirar, que adore Maria Betânia e que seja essa a única música permitida no carro dela, não importa que seja uma crítica vigilante de tudo aquilo que eu faço para me levar a fazer cada vez mais e melhor, não importa que cante mal e que tenha muitas manias, e que não me deixe fazer-lhe cocegas. Não importa que ele só dê atenção a canais de música, que só saiba dar atenção quando já passou o momento, que não se preocupe demasiado, que elogie demasiado tudo o que eu faço, que seja bipolar ou até que tenha ganho uma viagem à Lapónia às custas dos meus dotes de artista. Não importa mesmo. Porque eu é que fico a ganhar com todos os pequenos pormenores, a mim é que me dá gozo poder voltar todas as semanas para casa e saber que eles ainda lá vão estar, do mesmo modo, com as mesmas manias e talvez mais algumas e cada vez mais velhos. Não importa porque vai haver um Natal todos os anos, todos os anos vamos ter a oportunidade para montar uma árvore como montamos a nossa vida diariamente. Não importa que tenham este ou aquele defeito, quem é perfeito afinal? Não importa. Família é família. Conforto é vida. E as saudades fazem-me sempre querer voltar. E para quem não sabe, não, eu não tenho vergonha dos meus pais, muito menos de lhes dizer o quanto gosto deles.


4 comentários:

  1. És linda, meu amor!! E cada vez, tenho mais orgulho em poder dizer que também somos da mesma "familia". Beijo no coração

    ResponderEliminar
  2. Tou triste...a mim n me incluis nesse texto :(

    ResponderEliminar
  3. Querido/a anónimo, se te pudesses identificar seria mais fácil para mim dar-te uma resposta conveniente :)

    ResponderEliminar
  4. És mesmo parva...quem haveria de ser. Foram as gatas...:P

    ResponderEliminar

Conta-me histórias ♛