sábado, 5 de maio de 2012

Dos dias não

Podem ser poucos, mas são muito persistentes. Viram tudo de cabeça para baixo, forçam a nossa paciência a esgotar-se rápido, relembram-nos tudo aquilo que fizemos questão de guardar bem fundo na nossa memória. São frios, tornam-nos ainda mais gelados, comem a cor, levam o bom dos dias, para bem longe. E nós, na nossa fragilidade, deixamo-nos levar, simplesmente. Mas o bom dos dias maus, é que acabam sempre por terminar, afogam-se na escuridão, renascem em dias melhores, daqueles que nos dão a força para continuar a dar passos em frente, a seguir pelo caminho que mais gostamos de percorrer. Hoje estou num dia bom. Ainda que milhões de coisas tentem mandá-lo para longe de mim, eu, hoje, sou mais forte. Mas há alguém por aí num dia mau. E a essas almas meias perdidas, e queridas, dou toda a minha força, concedo toda a luz da minha noite, da minha lua. Deixo um abraço quente, demorado, cheio da saudade que ainda está para chegar, monstruosa. Espero que te chegue, querida e eterna amiga. Partilha o teu dia mau comigo, para não ser tão moroso assim.


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