terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um ano, num sopro.

Não deixei nada por fazer. Nada por dizer. Enganei-me redondamente acerca de certas pessoas e outras demonstraram-se tudo aquilo que eu não estava à espera. Mudei de casa, mudei de cidade, mudei de vida. Conheci pessoas lindas e foram elas que me mostraram que nem tudo é obscuro como eu desenhei. Não é assim tão difícil crescer fora de casa. Não é assim tão horrível ganhar coragem para enfrentar o desconhecido... quantas vezes o fiz sem pensar nas consequências. 
Pensei em tudo. Analisei, estudei várias situações e hipóteses. E quando estive mesmo à beira de conseguir, larguei. Larguei Lisboa de vez. Não desisti. Isso não. Tal como sempre, essa palavra não existe no meu dicionário.
Aprendi tanto, tanto. Ouvi tantas vozes diferentes, tantas opiniões, nem certas nem erradas, mas sentidas. E isso é que importa. Saber abrir os braços para receber o tanto que os outros têm para dar. Deixá-los fazer o mesmo.
Sentir saudade, sentir falta, sentir. Isto tudo envolto nos livros, nos estudos, nas bibliotecas, nos caminhos para a faculdade. E nesses momentos vamos desencantar tudo, todas as memórias, todas as vezes que foram menos boas e pensar que já nada importa. E rir, com o facto de sair de casa e partir para outra, sem chorar por ir para longe. Já não há longe, nem tempo, nem nada que nos faça sentir perdidos.
São anos, acumulados sobre outros anos. E uma vida repleta, cheia do melhor que podemos desejar. É assim mesmo que quero continuar... sempre a seguir em frente. Olhar para trás para ficar orgulhosa e grata. De tudo. No regrets.

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