quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sensibilidade


Nem todos os dias consigo erguer o muro que faz a separação entre aquilo que mostro aos outros e aquilo que realmente sou. Hoje, então, encontrei uma dificuldade imensa em mostrar um sorriso que evita as questões de o que se passa? ou o que tens?. Chateia-me imenso ter que acreditar e adorar os milhões de livros que a minha tia faz questão que eu leia, sobre o Deus em que ela acredita, só porque dou credibilidade às novas modas dos medium e das bruxas. Não há nenhum Deus que estude por mim ou que resolva os meus problemas, pois não? Por muito que eu reze e peça. Não vão cair do céu as pessoas simpáticas e carinhosas para eu me relacionar, nem vão surgir bebidas que me tirem o cansaço de cima... Por isso, hoje, por favor, só hoje, não façam perguntas. A minha cabeça flutua, algures, num outro mundo onde posso passar horas a não fazer rigorosamente nada. Ou onde posso falar durante horas com a única pessoa que nunca se cansa de mim, num lugar onde há um cabelo para eu brincar e fazer tranças, um mundo onde posso trocar os livros de psicologia pelos desenhos animados da minha infância. Quero adormecer sem me lembrar quem foi o Infante de Portugal e sem saber calcular limites e continuidades.
It's enough.

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