quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Comunicação

Uma das vantagens de estar neste curso, nesta faculdade, é ter cadeiras como esta e com os professores que tenho. E isto faz-me pensar que realmente fiz a escolha mais acertada. É uma cadeira complexa, com uma abordagem diferente de tudo aquilo a que estava habituada e que me permite ter uma noção do tão pouco que sabemos acerca de nós mesmos. Não é aquela noção do 'ah sou tão teimosa e tão refilona e gosto tanto disto e daquilo'. Não. É ter a noção de aquilo que somos lá bem no fundo da nossa essência, saber descobrir aquilo que nos move, quais são as nossas principais convicções, quais os nossos medos e inseguranças, o que é que nos pode afastar do outro, o que é que reservo apenas para mim. São questões como estas que nos fazem questionar aquilo que realmente somos ou pensamos ser, em toda a abrangência do termo. E realmente, estas aulas que já têm durado desde meados de Outubro, são de uma importância extrema, que às vezes só mesmo parando para pensar é que me apercebo disso. Quantas vezes no nosso dia-a-dia nos damos ao luxo de parar para pensar? Parar para pensar a sério, acerca daquilo que foi o nosso passado, ou tudo o resto que nos trouxe até aqui. Tentar perceber que se calhar criamos tantas barreiras do nosso mundo mais profundo que temos uma dificuldade enorme na expressão seja do que for. E para nós, estudantes de enfermagem, que lidamos diariamente com pessoas igualmente complexas, termos a capacidade de auto-conhecimento é um passo enorme para cuidarmos dos outros a todos os níveis com a maior competência. E agora, uma vez mais na recta final, como quem diz que estamos a praticamente um mês do final deste ano enorme, cheio de coisas novas, penso "ainda bem que mudei, ainda bem que me permiti dar alguns passos atrás para poder dar tantos outros em frente". Realmente estou a olhar para este meu segundo 1º ano de faculdade sob uma perspectiva completamente diferente, muito mais madura, com objectivos muito mais concretos. E ter consciência disso faz-me sentir melhor ainda. Chegar ao fim de um ano difícil, cansativo, cheio de desafios, é uma coisa. Chegar ao fim desse mesmo ano, com uma bagagem repleta de experiências enriquecedoras e cheia de vitórias no bolso é outra, imensamente diferente. E ainda bem. É sinal de balanço positivo ;)

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