terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pensar

Conhecemo-nos num mundo que já era o nosso. Não havia nada externo que se interpolasse no nosso caminho. No caminho que fomos construindo. E eu sei que já to disse dezenas de vezes, mas uma das coisas que mais me faz pensar, é o teu passado. Ou pior, sem referir o passado, refiro a vida que é tua, a vida que tu tens, para além de mim. Penso vezes sem conta e peço para não ter que pensar no assunto. Mas ele assalta-me constantemente e, também constantemente, tenho vontade de gritar contigo e de mandar cá para fora que tu não podes ser de mais ninguém. E penso no quão fútil me torno por sequer pensar no que quero dizer. Não sei se isto ultrapassa a tua compreensão, mas decerto compreendes que ultrapassa a minha força para resistir. Não sou de pedra. Por muito que finja e sorria, a dizer que está tudo bem, tu sabes que não está. Não está. E depois, fico sem saber o que fazer. Encontro-me com as minhas imaginações e peço-lhes para me ajudarem, mas adivinha? Não há imaginação fértil o suficiente para me dar tais respostas. Então desespero. Até embater no fundo.

1 comentário:

  1. Adorei o que escreveste :)
    Já estou a seguir o teu blog, acho os teus textos muito bonitos.

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