segunda-feira, 4 de abril de 2011

send me away

Azul. Azul profundo. Tal como aquele azul que perdi há muitos anos. Olhei bem fundo e por poucas que tenham sido as vezes que tive para a conhecer, como pessoa, é inevitável não sentir o aperto no coração. O aperto de que está perto (que esteja tão enganada), o aperto de sentir aquilo que se sente quando se perde alguém, seja ele quem for. Olhar nos olhos porque já não há outra maneira de nos conseguirmos compreender. O sufoco e a vontade de gritar e de agarrar com força aquilo que, de uma maneira ou de outra, nos pertence. A vontade de fugir para não ter que enfrentar o horror, por pensarmos que vai ser mais fácil se estivermos longe, longe de encarar a realidade. Sofrer por antecipação. Corrói o espírito. Agita aquilo que somos, intrinsecamente. Fechar os olhos à noite e pensar no que já foi. O que eu não dava para regressar aos doces e inocentes anos em que nada se passava, pelo menos aos meus olhos.
Ser forte. Acreditar que quando chegar o dia vamos conseguir flutuar sobe tudo para não sentir. Evitar o inevitável. It hurts.


3 comentários:

  1. Obrigada pela visita querida Inês. Também gosto muito dos teus blogs ;)
    Vai passando*

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  2. muito obrigada inês, também gostei muito do teu blog :)

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  3. Muito obrigada :)
    adoro o teu blog, também :) beijinho*

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