segunda-feira, 11 de abril de 2011

Stay strong

Foram muitos anos. Viveram-se muitas histórias e muitas foram também as glórias e as desavenças.
Foram precisas muitas vozes para mudar aquilo que estava mal, foram muitas as vozes que nos ensinaram a crescer, a fazer bem feito, a estimar e a guardar preciosamente todos os pequenos momentos e todas as amarguras que, um dia mais tarde, nos fariam pessoas mais fortes, mais aptas às desventuras da vida.
Foi preciso mais que um só pai e mais que uma só mãe para nos fazer ver que era preciso cair, antes de nos conseguirmos erguer. Foram precisos os segundos irmãos, os padrastos e as madrastas para nos apercebermos de que uma relação forte, inquebrável, se constrói ao longo de uma vida e permanece... não surge em dois meses e não é substituível.
Foram precisas muitas lágrimas para expressar aquilo que, muitas vezes, não temos capacidade para demonstrar abertamente. Nunca em demasia foram os abraços e as conversas até ao fim da madrugada, as mentirinhas piedosas que nos faziam sentir as rainhas do (nosso) mundo. Nunca as palavras que mais magoaram em certo momento foram menos preciosas e úteis. Todos precisamos delas para crescer. Crescer e olhar para trás, rever e tirar lições de vida. E é precisamente por conseguir olhar para trás, com orgulho, que digo que não vou deixar um minuto que seja perder-se. Não vou permitir a chegada ao fundo, muito menos o desistir. Mais que uma amiga, és família. Ninguém desiste. Ninguém cruza os braços como se não houvesse volta a dar. Há sempre. Até no estado mais crítico, há sempre. E tu, que me conheces melhor que muita boa gente, tu sabes que eu não te vou deixar. Nega, foge, luta, ridiculariza. A mim, não me tiras a esperança.


3 comentários:

  1. Este tb era para ela?
    Não pares de escrever...vou passando por cá e gosto. Muito!
    Beijos da tia do coração

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  2. Sim, também é para ela :) beijoca grande

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