segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Vous et moi, moi sans vous

E tu, que estás aí desse lado, frio, desconfortável, meio confuso com o que tens para fazer, e que me procuras na esperança de encontrares umas palavras que te aqueçam o coração, muito parecidas com aquelas que te vou sussurrando ao ouvido quando estamos perto, muito perto. E tu, que precisas de um abraço quente, daqueles que tanta falta me fazem, também. E um beijo, prolongado, que diga dezenas de coisas que não conseguimos expor por palavras, porque essas palavras não existem. E eu, que te escrevo horas e horas a fio, na esperança de encurtar este espaço que nos separa, de tentar trepar um pouco mais estas paredes intransponíveis que teimam em ficar entre nós. E nós? Nós que precisamos de mais um abraço, de mais palavras, de mais um beijo, estamos assim, sós, longe, a lutar por mais um dia e a rezar para que esse dia vire sexta rapidamente e que o domingo tarde a passar. E nós, loucos apaixonados que não sabemos viver o dia de hoje sem o futuro que já é nosso. E nós. Não sei como chegámos até aqui, mas insisto e persisto para continuar ao teu lado, mesmo com muros, paredes e tectos. Mesmo com muitos quilómetros, muitos dias, muita chuva. Mesmo com tudo o resto 

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