segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Turbilhão

"Difícil não é lutar por aquilo que se quer, mas desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti. Não por não ter coragem de lutar, mas sim por não ter mais condições para sofrer." B.M.
ainda não desisti. ainda.
às vezes a vida prega-nos rasteiras. faz-nos compreender que aquilo que pensávamos estar bem, na realidade, está um verdadeiro inferno. até pode ser uma frase feita, mas nunca pensamos que nos podia vir a acontecer a nós. a verdade é que quando acontece com os outros conseguimos olhar para tudo da maneira mais simples, resolver problemas como quem estala os dedos, arranjar soluções para coisas que, agora, custam a crer terem qualquer tipo de saída.foi ou é exactamente isso que me está a acontecer. parece um turbilhão que tende a arrastar cada vez mais coisas com ele. todos os dias mais um pedaço de (in)felicidade me é arrancada.há alturas em que ergo a cabeça e digo que vou ser capaz de superar, porque tenho quem me suporte, tenho o meu próprio muro ao meu lado. mas noutros momentos esse muro parece feito de areia e cada vez que me apoio nele, ele desfaz-se e deixa-me cair para junto do que estava a tentar esquecer. e aí recomeça, tudo de novo. bem sei que não sou nem a primeira nem a última a ter 'vida'. porque é realmente disso que se trata. não há coisas perfeitas. se houve, foram ilusões. fraudes autênticas. e é delas que eu não me consigo desprender. fui estúpida ao ponto de achar a minha vida um esplendor, ainda há pouco mais de 3 meses. agora, parece que estou no fundo de um poço, pronta para me deixar afogar, para ver se todos os problemas se dilatam. mas e depois? não tenho respostas e às vezes nem sei que perguntas faço a quem me quer ouvir. mas que custa, custa. tenho quem me oiça, quem me compreenda e até quem esteja a passar por coisas semelhantes. mas não há ninguém que seja capaz de me fazer esquecer o que estou a sentir neste momento. ninguém sabe, ninguém imagina sequer. e depois não sou só eu. são todos à minha volta, sofro com a dor das pessoas que me rodeiam e por quem eu tenho estima. sofro por mim, para mim. se fosse numa outra era, talvez resolvesse as minhas coisas à minha maneira. mas isso já não resulta. a dor já não é só psicológica nem física. é mais que isso, transcendente.e o pior de tudo, o pior, é o que diz uma amiga minha. temos que ter sempre uma merda de um sorriso na cara, temos sempre de levar as outras pessoas a pensar que estamos extraordinariamente bem, e que nunca estivemos melhor. somos falsas connosco e com quem está à nossa volta. à típica pergunta do 'então, tudo bem?' respondemos sempre com o melhor sorriso, 'sim, claro'... quando não passa tudo de uma mentira. é difícil ter reacção à volta de gente superficial que se preocupa com o mais banal possível, como uma camisa branca. o que é isto meu? a sério. uma pessoa é levada ao extremo, e as vezes rebenta, chora, implora por uma saída. mas depois fica sempre no mesmo turbilhão.
o que vamos fazer, de que maneira? Boa pergunta.
"LIFE SUCKS AND THEN YOU DIE" não é pra isto que eu cá estou.

3 comentários:

  1. *.* nao sei o que pensar, nao sei o que dizer... apetece-me simplesmente chorar ines.
    É incrivel como tu por vezes me confundes tanto, mas noutras me compreendes ainda mais.
    É assustador quando olhamos para o lado e desconhecemos aquela pessoa que sempre nos acompanhou e que nós pensávamos conhecer melhor que a palma da nossa mão mas... toda a gente merece uma segunda oportunidade e é isso que estou a tentar fazer, se é o melhor a fazer não sei, so pergunto uma coisa...em que é que falhámos para nos estar a acontecer isto? onde e que está a nossa antiga e aparente amizade perfeita? Tenho saudades...
    Mas uma coisa e certa amiga, todas estas divergencias nos aproximaram e penso que foi talvez o melhor disto tudo @
    Andreia

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  2. Que alguém falhou, lá isso é verdade. Mas não foste só tu, nem só eu. Fomos todos. Todos fizemos e dissemos (e pensámos) coisas que não queriamos. Mas a vida é mesmo assim, não podemos agradar a todos. E eu, neste momento, não me importo com o que os outros pensam. Preocupo-me comigo e com quem quero. Nada mais simples. Tu estás lá @ Há sempre coisas boas no meio das más, SEMPRE! Obrigada por seres uma delas amiga.

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  3. se pudesse escrever o quanto compreendo, o quanto sabes que sim... @

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