sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Não é o fim


There isn't any chance I may change my mind, so we may be like ashes and wine @



Razões para lutar? Há imensas. Mas desta vez sou eu que não quero. Já por muitas outras ocasiões me lancei para muita coisa, só por saber que era o que tu precisavas, o que tu querias. Só por saber que era eu que te completava, que era eu quem tu precisavas, e ainda precisas. Mas não podemos ver para sempre as coisas dessa forma. Dei muito de mim por ti, acredita. Mas quem sabe, eu me tenha realmente apercebido que tu não aproveitavas nada disso da melhor maneira. E agora pergunto, preocupavas-te com a maneira como me sentia quando a conclusão ficava exposta? Não me parece. Por muito que custe, às vezes temos de ter a capacidade para dizer 'já chega'. "it's just a shame to let you walk away" - acredita. Ainda por cima ao saber que foi por ti que fiz e dei muito daquilo que não estava disposta a fazer e a dar por outro qualquer. Sem qualquer dúvida, sou tua. Hei-de sê-lo sempre, por razões óbvias. Mas é à minha maneira que isso vai acontecer. Acabaram-se as oportunidades. Acabaram-se as tentativas. Acabou. Ponto. É duro, eu sei. Mas como sabes, não é o fim. Parece que tenho um gosto particular em deixar coisas inacabadas, pra depois voltar atrás. Sou uma cobarde. E vai ser mais que óbvio que um dia fico agarrada às minhas próprias certezas, e então aí vou repensar tudo o que já pensei até agora. Mas por enquanto vou deixar-me andar. E é por não conseguir deixar nada finalizado que também tenho o luxo de aprender com os erros e 'sentir a falta das coisas, quando já não as tenho'. E isso no fundo, acaba por ser o pior de tudo. Querer por um fim numa coisa (preciosa), tentar, mas falhar. É pior que não fazê-lo sequer. Talvez se tivesse guardado dentro de mim todas as duvidas e incertezas me teria ficado a sentir melhor do que quando olhei para ti depois, com vontade de te ter de volta. É horrivelmente duro tentar não pensar em ti, em nós, no que já vivemos. "Can't you just let me be?". Mas é com tudo isto que, mais uma vez, nos consciencializamos que não foi um desperdício, não foram farsas o que vivemos.
São também todas as imagens, sons, sensações que ficam cá para sempre, trejeitos e sorrisos escondidos. Nunca te quero ver infeliz, tenho a certeza que sabes isso. Pensava que também irias querer isso para mim, ainda que saiba qual vai ser a tua resposta final. Adeus não digo, nunca. Só um até já para quem sabe e quer o mesmo que eu.

Amo-te.

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