terça-feira, 21 de julho de 2009

once, i've had a dream


não foi de certeza absoluta intencional. até porque não podemos controlar nada disso, ou decidir quando e sobre o quê queremos que aconteça. eu, quase instantaneamente, não pedia nada do que tive, daquilo que alguém me deu, sem qualquer razão, sem nenhum chamamento da minha parte. mas no fim, quando tudo acabou, fiquei tranquila. mas no 'durante' não queria nada mais que desaparecer dali, apagar tudo da minha cabeça como se nem sequer fosse eu a idealizar tudo aquilo, num lugar onde ninguém vê nada, mas onde eu vejo tudo... tudo aquilo que muitas vezes não quero ver. Estranhamente, quando por um lado queria que tudo se esfumasse e não passasse apenas de nada, por outro queria permanecer ali, naqueles segundos imprecisos, sentindo aquilo que há já muito não sentia. independentemente de tudo, foi real. e duro. criou novamente um turbilhão de confusões na minha cabeça, uma mistura de sensações que não devia ser permitida nem nos sonhos. parecia que o meu mundo, aquele que eu tinha há tão pouco tempo reconstruído com tanto cuidado para não se desmoronar de novo, o meu mundo perfeito, parecia ruir novamente. senti as lágrimas escorrerem dos olhos como se fosse o mais natural de quando o nosso consciente está adormecido e o nosso subconsciente permanece a trabalhar, vinte e quatro sobre vinte e quatro horas. e ali permaneci, num espaço, completamente imóvel, sem poder ter nenhuma reacção que me fizesse acordar; noutro, completamente aturdida pelos sentimentos que me trespassavam a cada respiração que fazia. mas finalmente, quando alguém chegou à conclusão de que a mensagem tinha sido transmitida, acordei. Acordei e conclui que o meu mundo permanecia intocável a tudo aquilo a que a minha mente tinha sido submetida. e ainda bem. não precisei de dar explicações a ninguém. nem a mim mesma. foi um sonho, e acabou.


e hoje posso ter a certeza mais que absoluta que já nada vai mudar ou por outro lado, que mudou tudo. todas as pequenas indecisões desapareceram, graças àqueles poucos minutos em que cruzamos o olhar. obrigada, mas agora, já não fazes parte. ficaste para trás @

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